Vendedor de castanhas
Vendedor de castanhas

I

S. Martinho, S. Martinho,
S. Martinho milagreiro,
Dá-me um saco de castanhas,
Pois tu és um castanheiro.

Se não fazes um milagre,
Terás de vender a capa,
Porque lá diz o ditado:
Quem tem capa sempre escapa.

REFRÃO

Dá-me castanhas
bem assadinhas
e, a acompanhar,
duas sardinhas.

Quentes e boas,
dá-me castanhas
dos castanheiros
que há nas montanhas.

II

S. Martinho milagreiro,
Vamos fazer um negócio:
Dás-me um saco de castanhas
E eu rezo-te um pai nosso.

Um pai nosso muito grande
tenho mesmo de rezar.
Gosto tanto de castanhas!
Vou comer até fartar.

REFRÃO

Dá-me castanhas
bem assadinhas
e, a acompanhar,
duas sardinhas.

Quentes e boas,
dá-me castanhas
dos castanheiros
que há nas montanhas.

in Notícias de Vila Real (7-11-2001)

António Cabral para Eito Fora por Pedro Colaço Rosário (2001)

António Cabral [1931-2007] foi um poeta, ficcionista, cronista, ensaísta, dramaturgo, etnógrafo e divulgador da cultura popular portuguesa.

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